Alerta para contaminação

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A aluna Cíntia Carvalho, do 7º período do Curso de Enfermagem na Puc Minas em Arcos/MG,  realizou pesquisa envolvendo 69 usuários de insulina,  pacientes da Equipe de Saúde da Família (ESF) em Capitólio, na Região Centro-oeste de Minas Gerais. A principal conclusão foi a falta de cuidado no modo como os materiais perfurocortantes são descartados pelos pacientes, muitas vezes misturados com lixo doméstico.

Segundo a Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais, há cerca de 79 mil portadores de diabetes insulinodependentes que utilizam, no mínimo uma agulha e uma seringa por dia. Considerando esse número, só no Estado de Minas Gerais pode se estimar, pelo menos, 2,3 milhões de agulhas e seringas por mês, o que totaliza mais de 28 milhões de unidades por ano.
O risco de contaminação por agulhas ocorre quando o material perfura acidentalmente a pele, ocasionando um ferimento com sangramento. O contato com esse ferimento poderá transmitir  doenças como hepatites, sífilis e Aids, caso a agulha esteja com sangue contaminado.

Segundo a enfermeira Riquelme Costa Pinheiro, do setor de Gestão de Resíduos na Santa Casa de Formiga, as agulhas usadas para aplicação de insulina e outros medicamentos devem ser manipuladas com cuidado para evitar acidentes. "Crianças gostam de brincar com seringas. Os adultos podem se espetar ao manipular, cortar e perfurar o dedo com a agulha".
A pesquisa provocou mudanças no atendimento de diabéticos pela Equipe de Saúde da Família em Capitólio. Agora os profissionais aconselham os pacientes a descartarem agulhas e seringas dentro de garrafas pet e encaminhar o material para a unidade de saúde. A coleta desse material é feita por empresa licenciada junto aos órgãos ambientais, que os conduz para incineração a mais de 1000 graus Celsius.

Fonte: BORGES, Priscila. Saúde: Descarte Inseguro. Revista PUCMinas, Belo Horizonte, 2012, nº 6, p.34-35

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